Dentro da rotina hospitalar, contar com um prontuário eletrônico pode salvar muitas horas do dia. Isso porque o sistema é ágil e ajuda a otimizar as tarefas que antes deveriam ser preenchidas manualmente e de forma física. Hospitais que já adotam esse tipo de sistema podem contar com uma eficiência muito maior dentro dos seus processos por conta de tudo estar mais integrado e seguro. Unidades de grande e médio porte já fazem bastante uso dessa ferramenta, porém, as unidades de médio e pequeno porte ainda resistem em se render a esses benefícios. Se você está interessado em saber mais sobre este assunto, então continue lendo este conteúdo. O que é e como é feito o prontuário eletrônico? Sabe-se que o prontuário eletrônico é uma ferramenta estipulada pelo CFM para documentar todas as informações acerca da saúde do paciente. Nele, pode-se encontrar: Exames; Imagens; Anotações. E tudo aquilo que for preciso para que o paciente possa ter um atendimento completo pelo profissional. Não muito tempo atrás, esse tipo de documentação era feita de forma manual. Assim, clínicas e hospitais mantinham apenas o arquivo em forma de papel. Mas, com o avanço da tecnologia e com a contribuição que isso tem na área de medicina, esse tipo de documento tem sido substituído por sua versão digital. Dessa forma, o prontuário eletrônico realiza o mesmo trabalho, só que de maneira mais dinâmica, pois disponibiliza informações por uma interface bastante intuitiva e que é fácil de mexer. Assim, o acesso se torna simples e rápido. Qual a vantagem do prontuário eletrônico? Existem diversas vantagens para a unidade que quer contar com o prontuário eletrônico. Por exemplo, ele é um sistema que te dá mais segurança. Isso porque ele armazena todos os dados na nuvem. Assim, as informações confidenciais de cada paciente só podem ser acessadas através de um login no sistema. Além disso, o prontuário dificilmente se perderá uma vez que ele foi armazenado. Outra vantagem que esse armazenamento em nuvem proporciona é a liberação de espaço físico. Antes, os arquivos tinham que ficar engavetados dentro de uma sala ou de armários. Hoje, o sistema consegue armazenar milhares de arquivos sem pesar e sem ocupar espaço, que pode ser aproveitado para outras coisas. Além disso, a falta de necessidade do papel gera economia para o local. E economia é sempre bem-vinda, principalmente se tratando de unidades hospitalares. O atendimento também é melhorado por conta de ser mais eficiente e organizado. Assim, o médico ou outro funcionário da instituição poderá achar os documentos de forma rápida sem que se perca muito tempo procurando por fichas. Os mecanismos de busca instalados nesse sistema facilitam bastante o acesso a essas informações. Como funciona um prontuário? O prontuário eletrônico do paciente registra informações que vão desde o nascimento do indivíduo até seu óbito. Sendo assim, é preciso que ele contenha diversas informações importantes como: Identificação do paciente; Anamnese; Exames; Hipóteses diagnósticas; Diagnósticos definitivos; Tratamentos efetuados. Dentro do sistema haverá todos esses tópicos para que o profissional preencha e possa guardar essas informações. Ele funciona exatamente como o modelo antigo, só que agora, digital. O que não deve ser feito no prontuário do paciente? Todo profissional está sujeito ao erro. Porém, dentro de um hospital isso deve ser minimizado ao máximo, pois pode provocar graves consequências na vida do paciente. Há algumas falhas que não podem de maneira alguma acontecer. São elas: 1. Análise errada de exames Exames que acabam sendo lidos de forma errada geram grandes confusões. E esses erros podem existir por uma sequência de vários motivos. Falta de atenção, falta de rotina, falta de atualizações, tudo isso contribui para que o erro aconteça. 2. Dar o diagnóstico equivocado O diagnóstico equivocado é um dos principais erros que o médico pode fazer. E ele pode acabar acontecendo por conta da correria do dia a dia ou pela falta de resultados suficientes para que se possa chegar a conclusão final. 3. Erro no preenchimento do prontuário Quando um profissional erra ao preencher o prontuário, vários outros problemas podem surgir juntos. Esse problema prejudica a área de atendimento e todos os processos futuros. O prontuário eletrônico é ótimo para evitar que esse tipo de coisa aconteça, pois o sistema já é bem intuitivo e de fácil acesso, deixando tudo pronto para que o profissional consiga mexer nele. Esses são apenas alguns dos diversos erros que podem acontecer. O mais importante é que o profissional fique atento para que eles não sejam cometidos. O que fazer se errar no prontuário? Nos casos onde o erro aconteceu e não pode ser corrigido na hora, é necessário que o profissional faça uma retificação para que possa corrigi-lo ou complementar os dados que foram relevantes ao atendimento prestado. Essa retificação deve acontecer por meio de uma errata com a participação da Comissão de Revisão de Prontuários e do diretor técnico se houver necessidade. O prontuário é um documento no qual não pode haver rasuras para que ele não acabe sendo descartado completamente. Por isso, é preciso seguir as regras corretamente para fazer essa correção. Antes de mais nada, a atenção do profissional da saúde é muito importante na hora em que está realizando o seu trabalho. Como este é um documento que pode servir em várias funções, é necessário que ele seja feito da forma mais cuidadosa possível. Sabemos que as ações humanas geralmente costumam apresentar mais índices de erros. Por isso, o sistema eletrônico é a chave para que esses erros não ocorram com tanta frequência e que possam ser corrigidos na hora. Conclusão O prontuário eletrônico é útil de muitas formas. Por isso, se a sua unidade ainda não o adotou, é necessário repensar o motivo, visto que ele ajuda médicos, pacientes e toda a rotina hospitalar a ser mais otimizada. Essa é uma tecnologia mais do que necessária para fazer com que todos tenham segurança e fácil acesso a um documento importante que faz parte da vida do paciente. Conte aqui se você tem interesse em adotar esse sistema para sua unidade e se já conhecia sobre ele. Compartilhe
Diminuição De Infecção: HGP Registra 30% Menos Infecções Em Cirurgias
Infecção Hospitalar: 6 passos para resolver o problema
A infecção hospitalar tem sido a causa de muitas mortes dentro dos hospitais. Segundo a OMS, cerca de 10% dos pacientes internados, adquirem algum tipo de infecção hospitalar. Para pacientes das unidades intensivas, esse número é ainda maior, chega a 30% dos internados, isso em países desenvolvidos. Para aqueles em desenvolvimento, o valor é ainda maior. No Brasil, em média 14% dos pacientes internados, adquirem alguma infecção relacionada à assistência à saúde, as chamadas IRAS. Elas, em geral, estão associadas a uma falta de higienização dentro do ambiente hospitalar. Se você deseja saber como combater isso e não colocar a vida dos pacientes em risco, continue lendo este conteúdo. Tipos de infecção hospitalar e como combatê-las Diversas vezes as causas das IRAS acabam acontecendo pela falta de higiene no ambiente e nos procedimentos e processos cirúrgicos. A ANVISA estima que 60% das infecções primárias de corrente sanguínea possuem alguma relação a algum dispositivo intravascular, como os cateteres. As infecções hospitalares são um grande problema na área da saúde e uma das causas que mais resultam em mortes nos serviços de saúde no mundo inteiro. O início do século fez parecer que esses problemas de controle de infecção ficariam numa posição secundária. As principais entidades, como a OMS, dão destaque para a importância da estratégia para a coletividade. Então, ações desenvolvidas pela CCIH de lavagem de mãos, prevenção de infecções, controle de resistência microbiana, notificação de doenças emergentes, etc, são vitais para o nosso século. Portanto, se faz mais do que necessário que os hospitais realizem um padrão de processos de higienização e sigam os protocolos recomendados pela ANVISA para que reduzam o número de infecções. Quais os tipos de infecções mais comuns? As infecções hospitalares são doenças causadas por microrganismos como os vírus, fungos, bactérias e parasitas. São elas as responsáveis pela maior parte das infecções atreladas aos cuidados da saúde. Dentre os tipos mais comuns então as infecções do trato urinário, infecção em ferimentos, infecções pulmonares e da corrente sanguínea. As infecções acontecem entre dois e três dias após a pessoa ter sido internada. Pacientes da UTI ou que vão se submeter a cirurgia, também possuem mais riscos de terem infecções que as demais pessoas. Elas podem acabar se espalhando de maneira muito rápida e, principalmente, irem se tornando cada vez mais complexas à medida que evoluem, como as superbactérias. O momento mais comum de acontecer infecções hospitalares é durante uma cirurgia. No procedimento de cateterismo, quando ocorre intubação do paciente. Há então, várias maneiras de um agente infeccioso causar uma infecção, são elas: Infecção exógenas: quando o agente infeccioso é contraído por alimentos, contato com as mãos dos profissionais de saúde ou por meio de visitas; Infecções endógenas: ocorrem quando o microrganismo se desenvolve no próprio paciente por conta de sua fragilidade imunológica; Infecção cruzada: quando os vírus se espalham entre os pacientes internados; Infecção inter-hospitalar: quando ocorre de um hospital a outro por conta de transferências a uma nova internação após alta. Sendo assim, as boas práticas de higiene são vitais para poupar a vida de quem está debilitado. Os hospitais e clínicas devem estar atentos a isso. Como resolver a questão das infecções hospitalares? Para evitar as infecções nos hospitais, é fundamental que a gestão do local junto com a comissão de controle de infecção hospitalar trabalhem juntos para cuidar deste ambiente. A higiene é a parte crucial de um ambiente de saúde para que a infecção hospitalar não se espalhe. Por isso, deve haver um trabalho constante para que sejam removidas as sujeiras e os microrganismos que podem ter permanecido no ambiente. Por se tratar de agentes que podem ser transmitidos com facilidade através do contato com objetos ou até mesmo o ambiente contaminado com partículas no ar, é que a parte da higienização é tão importante. Um ambiente que está limpo e tem organização também tem um impacto direto na qualidade de vida das pessoas que estão presentes nele. Mas antes que a esterilização comece, é preciso alguns cuidados. Todos os materiais precisam estar guardados nos seus devidos lugares para que as superfícies se encontrem liberadas para que a limpeza seja facilitada. Isso facilita também o trabalho da equipe e faz com que trabalhem de modo mais otimizado. As instituições de saúde devem prezar pela limpeza não só do ambiente como também do corpo e dos alimentos presentes. Podemos definir o conceito de limpeza por se tratar da remoção ou da retirada de tudo aquilo que está sujo por meio da fricção da superfície com água e produtos próprios para limpeza. Quanto maior a área a ser limpa, maior será o tempo investido nela para que sejam removidas impurezas. Nos hospitais e clínicas, costuma-se usar a varredura úmida no chão. Assim, não se levanta pó ou outros resíduos que possam estar presentes e que possam acabar contaminando outros lugares. Além disso, há divisões claras que precisam de atenção especial. Por exemplo, o chão, as paredes, o teto, as portas e janelas são lugares que precisam de uma limpeza atenciosa, assim como as cadeiras, mesas, balcões, macas, bancadas e pias. Sendo assim, as medidas de prevenção devem ser mais elaboradas e seguidas à risca. Algumas soluções para esse problema poderemos ver abaixo: 1. Higienização dos profissionais com frequência Os profissionais de enfermagem devem estar atentos a sua higiene como profissional. Uma das melhores maneiras de evitar a contaminação é lavando as mãos com água e sabonete neutro. Isso deve ocorrer após todo procedimento junto a um paciente, assim como qualquer ação feita com ele. Por exemplo: entregar comida, dar medicação, cuidar de ferimentos. A higienização deve ser feita antes e depois de todo o contato para que não favoreça a proliferação desses microrganismos infecciosos. As mãos são uma das ferramentas mais importantes dentro do ambiente hospitalar, por isso, ela deve ser tratada também como uma ferramenta. Se não houver a possibilidade de lavar as mãos, tenha por perto álcool para poder fazer essa esterilização. Assim, enfermeiro e os médicos devem sempre colocar luvas e estarem atentos à proteção da mesma. 2. Higienização frequente dos ambientes É crucial que a limpeza aconteça dentro de uma periodicidade.