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Infecção Hospitalar: 6 passos para resolver o problema

infecção hospitalar tem sido a causa de muitas mortes dentro dos hospitais. Segundo a OMS, cerca de 10% dos pacientes internados, adquirem algum tipo de infecção hospitalar.

Para pacientes das unidades intensivas, esse número é ainda maior, chega a 30% dos internados, isso em países desenvolvidos. Para aqueles em desenvolvimento, o valor é ainda maior.

No Brasil, em média 14% dos pacientes internados, adquirem alguma infecção relacionada à assistência à saúde, as chamadas IRAS.

Elas, em geral, estão associadas a uma falta de higienização dentro do ambiente hospitalar. Se você deseja saber como combater isso e não colocar a vida dos pacientes em risco, continue lendo este conteúdo.

Tipos de infecção hospitalar e como combatê-las

Diversas vezes as causas das IRAS acabam acontecendo pela falta de higiene no ambiente e nos procedimentos e processos cirúrgicos. A ANVISA estima que 60% das infecções primárias de corrente sanguínea possuem alguma relação a algum dispositivo intravascular, como os cateteres.

As infecções hospitalares são um grande problema na área da saúde e uma das causas que mais resultam em mortes nos serviços de saúde no mundo inteiro.

O início do século fez parecer que esses problemas de controle de infecção ficariam numa posição secundária. As principais entidades, como a OMS, dão destaque para a importância da estratégia para a coletividade.

Então, ações desenvolvidas pela CCIH de lavagem de mãos, prevenção de infecções, controle de resistência microbiana, notificação de doenças emergentes, etc, são vitais para o nosso século.

Portanto, se faz mais do que necessário que os hospitais realizem um padrão de processos de higienização e sigam os protocolos recomendados pela ANVISA para que reduzam o número de infecções.

Quais os tipos de infecções mais comuns?


As infecções hospitalares são doenças causadas por microrganismos como os vírus, fungos, bactérias e parasitas. São elas as responsáveis pela maior parte das infecções atreladas aos cuidados da saúde.

Dentre os tipos mais comuns então as infecções do trato urinário, infecção em ferimentos, infecções pulmonares e da corrente sanguínea.

As infecções acontecem entre dois e três dias após a pessoa ter sido internada. Pacientes da UTI ou que vão se submeter a cirurgia, também possuem mais riscos de terem infecções que as demais pessoas.

Elas podem acabar se espalhando de maneira muito rápida e, principalmente, irem se tornando cada vez mais complexas à medida que evoluem, como as superbactérias.

O momento mais comum de acontecer infecções hospitalares é durante uma cirurgia. No procedimento de cateterismo, quando ocorre intubação do paciente.

Há então, várias maneiras de um agente infeccioso causar uma infecção, são elas:

  • Infecção exógenas: quando o agente infeccioso é contraído por alimentos, contato com as mãos dos profissionais de saúde ou por meio de visitas;
  • Infecções endógenas: ocorrem quando o microrganismo se desenvolve no próprio paciente por conta de sua fragilidade imunológica;
  • Infecção cruzada: quando os vírus se espalham entre os pacientes internados;
  • Infecção inter-hospitalar: quando ocorre de um hospital a outro por conta de transferências a uma nova internação após alta.

Sendo assim, as boas práticas de higiene são vitais para poupar a vida de quem está debilitado. Os hospitais e clínicas devem estar atentos a isso.

Como resolver a questão das infecções hospitalares?

Para evitar as infecções nos hospitais, é fundamental que a gestão do local junto com a comissão de controle de infecção hospitalar trabalhem juntos para cuidar deste ambiente.

A higiene é a parte crucial de um ambiente de saúde para que a infecção hospitalar não se espalhe. Por isso, deve haver um trabalho constante para que sejam removidas as sujeiras e os microrganismos que podem ter permanecido no ambiente.

Por se tratar de agentes que podem ser transmitidos com facilidade através do contato com objetos ou até mesmo o ambiente contaminado com partículas no ar, é que a parte da higienização é tão importante.

Um ambiente que está limpo e tem organização também tem um impacto direto na qualidade de vida das pessoas que estão presentes nele. Mas antes que a esterilização comece, é preciso alguns cuidados.

Todos os materiais precisam estar guardados nos seus devidos lugares para que as superfícies se encontrem liberadas para que a limpeza seja facilitada.

Isso facilita também o trabalho da equipe e faz com que trabalhem de modo mais otimizado. As instituições de saúde devem prezar pela limpeza não só do ambiente como também do corpo e dos alimentos presentes.

Podemos definir o conceito de limpeza por se tratar da remoção ou da retirada de tudo aquilo que está sujo por meio da fricção da superfície com água e produtos próprios para limpeza.

Quanto maior a área a ser limpa, maior será o tempo investido nela para que sejam removidas impurezas. Nos hospitais e clínicas, costuma-se usar a varredura úmida no chão.

Assim, não se levanta pó ou outros resíduos que possam estar presentes e que possam acabar contaminando outros lugares. Além disso, há divisões claras que precisam de atenção especial.

Por exemplo, o chão, as paredes, o teto, as portas e janelas são lugares que precisam de uma limpeza atenciosa, assim como as cadeiras, mesas, balcões, macas, bancadas e pias.

Sendo assim, as medidas de prevenção devem ser mais elaboradas e seguidas à risca. Algumas soluções para esse problema poderemos ver abaixo:

1. Higienização dos profissionais com frequência

Os profissionais de enfermagem devem estar atentos a sua higiene como profissional. Uma das melhores maneiras de evitar a contaminação é lavando as mãos com água e sabonete neutro.

Isso deve ocorrer após todo procedimento junto a um paciente, assim como qualquer ação feita com ele. Por exemplo: entregar comida, dar medicação, cuidar de ferimentos.

A higienização deve ser feita antes e depois de todo o contato para que não favoreça a proliferação desses microrganismos infecciosos. As mãos são uma das ferramentas mais importantes dentro do ambiente hospitalar, por isso, ela deve ser tratada também como uma ferramenta.

Se não houver a possibilidade de lavar as mãos, tenha por perto álcool para poder fazer essa esterilização. Assim, enfermeiro e os médicos devem sempre colocar luvas e estarem atentos à proteção da mesma.

2. Higienização frequente dos ambientes

É crucial que a limpeza aconteça dentro de uma periodicidade. Além de sempre ter que lavar as mãos, é fundamental que a limpeza ocorra sempre que houver alguma sujeira. Isso inclui tarefas como:

  • Recolher o lixo;
  • Limpeza do piso;
  • Limpeza das superfícies dos móveis uma vez a cada turno;
  • E limpeza imediata de locais expostos à materiais biológicos.

Além disso, é fundamental que existam limpezas gerais semanais, quinzenais ou mensais. Tudo vai depender da utilização dos espaços e das chances de contato e contaminação de cada superfície.

Nessas limpezas estão incluídas as escovações de pisos, aplicação de cera, limpeza geral do teto, dentre outros itens. Outro fator importante também é a frequência de limpeza em algumas áreas hospitalares, por exemplo:

  • Em áreas críticas, a limpeza terminal deve ser semanal e a área concorrente duas vezes por turno;
  • Áreas semi-críticas: a limpeza terminal deve ser feita quinzenalmente e a área concorrente uma vez por turno;
  • As áreas não críticas devem ter limpeza mensal e as áreas concorrentes duas vezes ao dia;

3. Faça precaução de contato

As medidas primárias de segurança à saúde são importantes. Mas um meio mais eficaz para garantir a não transmissão das infecções, é realizar uma contenção com todos os pacientes.

Assim, é imprescindível que os profissionais utilizem luvas, aventais, máscaras e todo material de proteção e segurança EPI. Para evitar a disseminação dos vírus e bactérias, os equipamentos não podem ser compartilhados.

Além disso, uma das precauções de contato é evitar que gotículas de salivas se espalhem e contaminem o ambiente. Pois, isso faz com que outras pessoas fiquem expostas.

4. Siga os protocolos de limpeza

A comissão deve ficar responsável por determinar um protocolo restrito a limpeza dos locais para que ofereçam ao paciente e a equipe uma maior segurança. O ideal é que o gestor ofereça esse tipo de orientação e deixe claro as regras de higienização, fazendo com que tenha um padrão em todas elas.

A sequência de limpeza deve começar pelo recolhimento do lixo. Em seguida, deve-se iniciar a limpeza do local mais alto para o mais baixo.

É importante se atentar quanto à limpeza, para que se inicie do local mais limpo, para o local mais sujo e contaminado para evitar riscos de infecção hospitalar se espalhando. Outro ponto é iniciar pelo local mais distante, indo até a área de saída de cada peça.

Os materiais de limpeza devem incluir:

  • Luvas;
  • Baldes;
  • Panos;
  • Rodo;
  • Escovas para chão;
  • Esponjas de aço;
  • Palha de aço;
  • Carrinho para materiais;
  • Sacos de lixo;
  • Papel higiênico;
  • Papel toalha.

Dentre os produtos químicos, o uso de sabão ou detergente sempre se faz presente, assim como o sapólio, alvejante, pinho, desinfetante, álcool, entre outros.

É fundamental que se tenha pelo menos dois baldes, um para mistura e outro para a lavagem. Assim como também é interessante ter dois panos, um molhado com a solução do balde com produto e o outro seco para tirar o excesso.

A limpeza de pisos pode ser feita com rodo e pano úmido para que não se disperse sujeiras.

5. Faça a esterilização dos materiais a cada uso

É imprescindível que todos os materiais usados com os pacientes passem por uma higienização eficiente para que possam eliminar todas as bactérias e agentes infecciosos.

Muitas infecções hospitalares provêm de resíduos antigos de pacientes enfermos e que não foram bem higienizados para o próximo uso.

Portanto, é mais do que necessário que a instituição hospitalar conte com um centro de materiais e esterilização (CME). Ou seja, para que possam garantir a qualidade e cuidados pós-cirúrgicos dos materiais.

Os CME aumentam a prevenção de IH e elaboram um trabalho bastante apurado, junto com a equipe de enfermagem.

6. Faça a separação correta de resíduos

A coleta seletiva dos resíduos também é crucial para a rotina de gerenciamento de limpeza. Separar o lixo no local certo é fundamental para que esses resíduos não contaminem outros locais ou outras pessoas.

Por isso que há normas para a retirada dos resíduos. Os comuns são semelhantes aos que são produzidos em casa. Por essa razão eles não colocam a vida de ninguém em risco. Dentro da listagem de resíduos comuns, temos:

  • Lixo orgânico;
  • Papel higiênico;
  • Esponjas;
  • Folhas;
  • Restos de madeira;
  • Isopor;
  • Etc.

O lixo precisa ser identificado como lixo comum e ser retirado no fim de cada turno. Já os resíduos recicláveis são aqueles que possuem reutilização e que também não oferecem nenhum risco.

Plásticos, vidros, caixas, papéis, tudo o que pode se reutilizar deve-se colocar aqui. Precisa também ser identificado e recolhido no fim de cada turno.

Quais outros tipos de resíduo?

Há também os resíduos infectantes, que são aqueles retirados de dentro das atividades de assistência, de laboratórios, cirurgias, etc. Eles podem oferecer risco à saúde pública.

Por isso o descarte deve ser feito em locais apropriados, em lixeiras com tampa e pedal que estejam identificadas como infectantes. Os resíduos devem ficar dentro de um saco plástico leitoso que possuam 10 micrometros e tenham o símbolo internacional de risco biológico.

Materiais cortantes devem ficar dentro de uma caixa própria. A coleta deve acontecer por meio de empresas especializadas a darem um fim a esses materiais de forma segura.

Por fim, há também os resíduos farmacêuticos e químicos. Geralmente são tóxicos e perigosos. Por isso, quando estiverem vencidos ou contaminados, o importante é encaminhar esse produto ao fabricante.

Assim, eles saberão o que fazer para eliminar aquele material e não oferecer risco à saúde das pessoas e do meio ambiente.

Por fim, acaba sendo extremamente importante dar atenção a esse tipo de cuidado para que os riscos de infecção hospitalar direta ou cruzada não aconteçam. Esse é um assunto muito necessário e que não pode, de forma alguma, acabar sendo negligenciado.

Outro ponto importante é escolher uma empresa especializada na coleta desses resíduos para que de fato, eles acabem não sendo prejudiciais.

Lixos comuns podem acabar sendo tratados pelos serviços de coleta local. Mas aqueles que possuem risco de contaminação, de forma alguma podem circular em lixeiras comuns.

Conclusão

Por fim, através desses e alguns outros cuidados, é possível baixar o índice de infecções e, consequentemente, de mortalidade em um hospital.

Tudo que um hospital precisa fazer é cuidar da higiene. Desde tarefas simples como a limpeza de um banheiro até a de itens mais avançados como o cuidado dos materiais.

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Desde 2007, desenvolvimento tecnológico na área da saúde para prestação de serviços às Centrais de Materiais e Esterilização (CME), Digitalização de Imagens e Locação de Software de Gestão Hospitalar.

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