A terceirização da central de material esterilizado vem sendo uma das coisas que mais crescem dentro do ambiente hospitalar. A razão por trás desse fator é simples: busca-se mais eficiência contra as infecções hospitalares, o que por vezes é um custo alto demais para hospitais e clínicas.
Os cuidados com os aparelhos médicos que salvam a vida dos pacientes são obrigações sanitárias e parte do core business de toda instituição de saúde.
Desse modo, prevenir qualquer tipo de situação que propicie infecções dentro do ambiente hospitalar é a prioridade, e qualquer descuido pode fazer com que a credibilidade do local seja colocada em dúvida.
Para saber como funciona a implantação desse sistema por um parceiro contratado, continue lendo este conteúdo.
O que é a central de material esterilizado?
A central de material esterilizado (CME) é algo vital de se ter dentro de clínicas e hospitais por conta dos cuidados essenciais que precisam haver nesses ambientes, como a limpeza de:
- Instrumentais cirúrgicos;
- Materiais respiratórios;
Por conta disso, independentemente da CME estar dentro da própria instituição ou ser contratada por meio de uma empresa terceirizada, estar ciente de sua importância é algo fundamental e necessário
Sabe-se que é dentro da CME que todos os materiais de saúde passam pelo processo de limpeza e esterilização.
A resolução RDC n° 307 considera o centro de materiais uma unidade que presta apoio técnico com foco em oferecer suprimentos adequados para o atendimento médico. Existem tipos diferentes de CME, por exemplo:
- Descentralizado: cada unidade hospitalar possui sua própria central de material para que possa realizar o processamento;
- Semicentralizado: cada centro realiza o cuidado inicial do material que foi feito o atendimento, e depois faz com que ele seja levado para a CME de um outro hospital;
- Centralizado: atende todos os setores do hospital, realizando a preparação, esterilização e distribuição dos materiais. Esse é o tipo que mais se usa por conta de ser mais fácil manter o padrão.
Como a CME funciona dentro do estabelecimento?
Dentro da CME, existem algumas etapas a se cumprir e que são fundamentais para garantir a segurança dos pacientes e profissionais de saúde. Sua implementação nos institutos de saúde ocorrem da seguinte forma:
- Expurgo: conhecido como área suja, onde acontece o recebimento do material. Aqui acontece a conferência, lavagem do material para que possam ir para o setor de secagem na secadora termodesinfectora.
- Preparo e esterilização: artigos já foram lavados mas ainda precisam de preparo antes de entrarem na esterilização. Aqui acontece também a inspeção e embalagem dos materiais;
- Monitoramento da esterilização: o equipamento e os utensílios que foram esterilizados precisam ser monitorados para garantir que estão em condições de um novo uso. Todos os dias são realizados testes para que o material tenha a qualidade ideal para uso;
- Armazenamento e distribuição: última etapa do processo do material para que ele se possa ter a dispersão até o setor que necessita. Antes, é preciso mantê-lo em locais próprios, limpos e secos.
Por que hospitais têm aderido cada vez mais o CME terceirizado?
Sabe-se que a central de material esterilizado é mais complexa do que aparenta, pois ela envolve uma série de processos que precisam ser cumpridos.
No entanto, nem todos os hospitais e clínicas têm uma estrutura hospitalar que suporte esse tipo de processo. E, por conta disso, muitos materiais apesar de passarem por lá, não ficam bem limpos.
Dessa maneira, acabam comprometendo a segurança dos pacientes e médicos que ficam expostos a bactérias o tempo todo.
Por essa razão, muitos locais preferem contratar uma empresa voltada totalmente para esse serviço do que apenas realizar o trabalho por si só.
O serviço terceirizado inclusive acaba sendo muito eficaz por conta da especialização única que a empresa tem em um tipo de serviço.
Sendo assim, fazem todo o processo com dedicação, eficiência e com profissionais aptos a fazerem o manuseio dos instrumentos. Um exemplo claro disso é o hospital GERAL de Palmas, no Tocantins.
O governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, fez um contrato com a empresa Bioplus para que ela fizesse a gestão completa do HGP e da maternidade Dona Regina (HMDR).
Para isso, o hospital passou por uma modernização em sua estrutura para que se pudesse comportar a nova central.
Quais os benefícios dessa ação?
Bom, com o contrato assinado o hospital terá a renovação de todo arsenal de instrumental necessários para os procedimentos cirúrgicos e equipamentos modernos.
Tudo isso para garantir que os processos realizados tragam segurança para os pacientes em seus procedimentos cirúrgicos. além de fornecer também todo material para vários equipamentos como:
- Cirurgia de ótica;
-
- Craniótomos;
- Bucomaxilo;
- Perfurador pneumático;
E também material para a etapa de esterilização, em autoclaves e lavadora termodesinfectadora e ultrassônica.
Tudo isso fará com que a unidade tenha uma prevenção maior nos casos de infecção hospitalar, podendo garantir que toda assistência aconteça de modo seguro e otimizado.
Uma das grandes vantagens da CME terceirizada é contar com enfermeiros, técnicos de enfermagem e administrativo capacitados para fazer seu trabalho com o máximo de excelência possível.
A equipe faz toda a qualificação de instalação, operação, desempenho, dentre outras coisas, por meio da RDC 15/2012 no ato da instalação.
Ao contar com uma empresa para fazer o serviço de CME o estabelecimento ganhará:
- Eficiência;
- Economia;
- Segurança.
Perigos de não ter uma CME eficiente
Quando a CME de um hospital não é eficiente os perigos que ocorrem são grandes demais. Por exemplo, como dissemos, uma das principais causas de morte em hospital com pacientes internados é infecção hospitalar.
Esse é um problema que exige uma atenção especial pois existem alguns microrganismos que resistem mais devido a mutação que tiveram.
Uma bactéria que já tenha estado em uma UTI pode já ter passado por um paciente que já foi medicado com antibiótico e, assim, acaba formando uma resistência ainda maior contra esse remédio.
O resultado disso é que além de se tornarem agressivas, as infecções causadas por essas bactérias e vírus acabam sendo fortalecidas, o que torna todo o tratamento mais difícil.
Assim, remédios ainda mais fortes têm que ser usados para que se possa dar conta de matar esse organismo. Mas isso não é nada bom, pois o paciente já está frágil e com doses altas de remédios mais fortes seu sistema imunológico cai ainda mais.
Conclusão
Por fim, vimos um pouco sobre como funciona o processo de CME dentro de uma unidade. A razão de sua importância se dá pela necessidade de manter os materiais 100% higienizados para que não haja infecções nos pacientes.
Portanto, contar com uma empresa que possa fazer este trabalho e assegurar a proteção dos materiais é um fator indispensável.
A vida dentro de um hospital é algo muito importante e que precisa de cuidados. Sendo assim, dar atenção para os pontos necessários é vital para zelar pela vida dos pacientes.
Conte aqui se este artigo foi útil para que você pudesse ver, de fato, a relevância deste processo, e compartilhe-o com outras pessoas.